Realmente, poderia iniciar com “r”, Rosimere. Mas não, meu erre e meu erro foram outros, minha Mere inicia com “m”.
Era meados de meus melhores momentos. Machado. Minha maturidade mal movimentava.
A magia da manhã me mostrava minha menininha me mirando, mãos miúdas. Minha magrelinha. Eu mimava e ela me mostrava um mundo que pra mim era o máximo.
Matéria? Matemática.
Média? Mil.
Música? Metal.
Mãe? Mere.
Mas migrara de Marte? Mercúrio?
Meu meteoro. Minha menininha veio ao mundo depois de mil milênios.
Sem malícia ou maldade.
Minha menina mandava: mamãe, me ensina!
E a mamãe mostrava-me a mesinha magenta.
Mal me mexia. Um M maiúsculo minha menina montou.
Meu milagre era minha mania.
Marido, Madrinha, Mano, Maura, Madalena, Marilésia, Marina.
Mesa, macarrão, molho.
Mandaram-me para a mídia. Mega e macros.
Mundo maluco o meu.
Medo medíocre o meu.
Um minuto e eu me mudei do meu meridião.
Sem moedas, medalhas ou mágoas, mas muito, muito medo.
Montei minha mala, minhas malhas e mecanicamente me "masoquisei". Sem mapa.
(Metomania).
Maré de morte.
Meu médico mandou: Meclobemida, Maprotilina, Mirtazapina.
Essa mudança machucou, maltratou, mas não me mudou.
Ainda anseio pela minha menina, meus milagres e, motivada a melhorar, moldurei minha memória mensurável.
Mas agora, em meados de março, manifestou-se a maieusofobia.
Maciça ainda é minha melancolia.
Minha menina mora em minha mente.