A água vai.
A águia vai.
A alma vai.
A alma tá, a calma tá, a calma cala.
A calma calada, a alma calada, a alma
grita.
A alma grita, a noite grita, a noite
vem.
A noite vem, calada e grita, a noite
para.
O tempo para, o mundo para, e sem
ninguém.
Sem ninguém que cale a alma.
Sem ninguém que grite agora.
E essa dor que vai e vem.
Vem com medo e sem demora,
Essa dor que veio agora
E não liga pra ninguém.
Se apago e finjo o nada
Cai a dor sem mais nem menos?
Se eu digo o que incomoda
Perco tudo desse jeito?
Dói, dói, dói.
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