AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

Dois dias depois


Agora eu estou com pressa. Mas eu tive tempo demais pra reler meu ano e percebi que quase tudo foi sobre os momentos de angústia. Todos os outros 335 dias em que eu estava realmente feliz eu estava ocupada demais com amor, amizade, comprometimento e empreendedorismo.
O fato é que quando estou triste minha inspiração é natural, talvez a tristeza me deixe ainda mais subjetiva.
O sonho que me parece impossível ainda assim é um sonho. Algo com que eu possa me perder a noite, sem meu pote e com pouco tempo. Mas a partir de ontem, o que fazer com ele (o sonho)? Alguém sabe o que é errado? É querer, sonhar ou perder? Porque talvez eu seja capaz de criar um sonho novo. Sério mesmo.
Talvez com baús, poesias, fumaça. Mas sem um terceiro ou quarto ato. Não seria uma peça.
Todos estão felizes. Obrigada. Veio ver o mar, eu vou ser feliz (é essa).

Haha, que mentira. Eu não seria capaz. Boas noites.


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