Novamente.
Noto que a noite é negligente. Não noticia um número no relógio, não negocia minha necessidade de ficar nela. Nele. A nação não nota, naturalmente, e noite após noite não chega outra notícia. Em novembro nenhum nervosismo, nem na noiva, nem nas núpcias. Nem nele. Nesta noite novamente eu nua, numa naturalidade de nausear, negocio com a noite.
-Noite, note minhas nádegas, não note o número no relógio. Ninguém namora, ninguém adianta planos nessa hora. Nem ele. Não sou a ninfa, sou a nociva, não nascida no Norte. Eu causo náusea nessa noite e noutro novembro causarei nostalgia. Como ele. Nobre, neutro, nada. Nada é o que somos nós. Necessito negociar, nadar para o norte, navegar sem nexo. Nós. Ó noite, eu que sou nômade sem nome, note-me. Só nessa noite, não me dê boa noite. Vamos nadar nele numa noite nublada. Navegar sobre as nuvens, a neblina e a névoa, pois esta sou eu, neblina e névoa. Não me nocauteie nessa hora, pois o nosso número ainda não chegou. Seja Noel. Não note o nó. Nós. N.
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