AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

Sonho de insônia


Era a minha obrigação, afinal não era só a minha noite que estava em cheque. Mas meu pote sumiu, fiquei procurando ele por algumas horas, desde a hora de dormir. Procurei pelos três ou quatro cantos onde ele pudesse estar, pedi ao São Longuinho. Mas acho que foi obra do meu Anjo da Guarda, ele é sempre muito sapeca. Esconde minhas coisas e depois devolve extamente no lugar onde eu mais procurei. E achei.
Tirei dele um pouco de socialização e prometi a mim mesma que não tiraria muita coisa a mais dessa vez, mas as coisas forão saindo sozinhas e depois que saiu uma janela inteira eu não pude mais conter. Havia uma luz bem pequena, quase imperceptível, exceto pra quem quer se esconder. Havia uma cama, mas ela não estava pronta para dormir, pois havia um violão que ocupava metade do meu lugar. Mas o meu sono foi chegando de leve e dormi assim mesmo. Mas quando eu acordei eu ainda estava no sonho, tudo intácto. Haviam coisas queimando, mas não sei definir bem. Durou apenas alguns minutos, ou talvez uma hora, mas o tempo passa diferente para cada circunstância. E aqui estou, acordada ou dormindo. E por isso não tenho certeza se estou com ou sem o meu pote, mas provavelmente ele foi servir de ombro pra alguém. Enquanto isso as coisas que saíram involuntárias servirão para me manter sonhando, por mim e por mais quem precisar de um sonho. As coisas parecem confusas, mas existe uma explicação, a saudade.

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