AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

O que você me diz?


Fico pouco tempo sem pensar. Penso muito o tempo todo, como seria, como eu queria, como eu teria. E como não tenho eu penso. Penso em quando eu pude ter e quando eu poderei de novo. Quando sentarei na parada e ficarei parada. E ao me mover seja pra fazer a coisa certa. Ou a errada.
Penso que eu sou um alvo, que eu não sou nada, ou pior, que eu sou igual a todo mundo. Penso tanto que penso que penso pouco. Porque se eu pensasse um pouco saberia que é assim com todas. Eu sei que sim porque me diz. Porque diz pra todas. E assim passa o tempo dizendo coisas que não são o que gostaria de dizer. Mas eu gostaria de saber.

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