Ando tão sem criatividade. Eu pensei em escrever sobre o
frio, então intitulei o post antes mesmo de abrir o blog: Frio. Mas quando
abri, vi que o último post tinha exatamente esse nome. Eu pensei sobre o
que escrever e ironicamente, segundo o meu celular, está fazendo 21º nesse
momento, o que é bastante quente pra Curitiba à 01:02h.
Como eu ia começar mesmo? Bem, não lembro. Esses dias li uma
matéria sobre os sintomas de uma pessoa introvertida. Eram 23 e eu os sou. Eu
ignoro a hipótese, mas um dos sintomas era gostar de escrever. Eu não gosto nem
desgosto, apenas escrevo. Na maioria das vezes para poder dormir. Hoje eu estou
sentindo frio, aquele frio no útero. Aquele que é capaz de fazer as mulheres gostarem
de vampiros que brilham. E por falar nisso me veio à mente a bebida que pisca
(entenda, uma pessoa introspectiva faz isso?). E bebida me fez lembrar que no
próximo dia 22 eu ganharei abraço. Possivelmente (e não provavelmente) ganharei
um beijo. E voltarei a sentir calor. Voltarei para casa.
O frio me leva por lugares distantes e assim eu permaneço,
congelada. Não. Nem tanto. Permaneço quente, mas sem me mover, porque o frio
vem de fora. Odeio o frio. Foi por isso que comecei a escrever (o blog).
Preciso de abraço, de calor e de olhar. Eu evitei falar sobre o olhar, mas
posso fingir ter bebido para não precisar me desculpar depois. Eu quero mesmo.
Hoje eu tive um sonho abstrato e acordei com um frio quente,
sem querer levantar e querendo sonhar com coisas mais reais. Os olhos fechados
são como um caminho sem volta. Não pude evitar.
Gostaria de ser mais intensa agora, este momento quase
parece de humor, como se eu visse alguém rindo e ficasse magoada por isso. Talvez
por isso eu esteja brava. Não tem graça. Queria poder explicar, mas ando tão
sem criatividade.
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