AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

21º


Ando tão sem criatividade. Eu pensei em escrever sobre o frio, então intitulei o post antes mesmo de abrir o blog: Frio. Mas quando abri, vi que o último post tinha exatamente esse nome. Eu pensei sobre o que escrever e ironicamente, segundo o meu celular, está fazendo 21º nesse momento, o que é bastante quente pra Curitiba à 01:02h.
Como eu ia começar mesmo? Bem, não lembro. Esses dias li uma matéria sobre os sintomas de uma pessoa introvertida. Eram 23 e eu os sou. Eu ignoro a hipótese, mas um dos sintomas era gostar de escrever. Eu não gosto nem desgosto, apenas escrevo. Na maioria das vezes para poder dormir. Hoje eu estou sentindo frio, aquele frio no útero. Aquele que é capaz de fazer as mulheres gostarem de vampiros que brilham. E por falar nisso me veio à mente a bebida que pisca (entenda, uma pessoa introspectiva faz isso?). E bebida me fez lembrar que no próximo dia 22 eu ganharei abraço. Possivelmente (e não provavelmente) ganharei um beijo. E voltarei a sentir calor. Voltarei para casa.
O frio me leva por lugares distantes e assim eu permaneço, congelada. Não. Nem tanto. Permaneço quente, mas sem me mover, porque o frio vem de fora. Odeio o frio. Foi por isso que comecei a escrever (o blog). Preciso de abraço, de calor e de olhar. Eu evitei falar sobre o olhar, mas posso fingir ter bebido para não precisar me desculpar depois. Eu quero mesmo.
Hoje eu tive um sonho abstrato e acordei com um frio quente, sem querer levantar e querendo sonhar com coisas mais reais. Os olhos fechados são como um caminho sem volta. Não pude evitar.

Gostaria de ser mais intensa agora, este momento quase parece de humor, como se eu visse alguém rindo e ficasse magoada por isso. Talvez por isso eu esteja brava. Não tem graça. Queria poder explicar, mas ando tão sem criatividade.

0 comentários:

Postar um comentário