AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

Blá, blá, blá, blá.


Ah, porque esse sentimento chega assim tão de repente? Eu que já não consigo dormir agora sinto e sorrio e espero. Espero uma resposta o tempo todo. E evito uma resposta. Por quanto tempo eu consigo evitar? Apenas me invade assim de repente e eu não posso respirar. Não dá para controlar, não dá, não dá pra planejar.
Eu ia terminar os meus cinquenta tons, mas eles são meus e eu tenho o direito de terminar quando eu quiser. Já faz muito tempo que eu disse que eu não quero nada além disso? Porque eu quero. Quero ir até aí nesse outro mundo paralelo que eu não conheço e provar. Provar que tudo é uma grande surpresa.

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