AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

A noite


Em uma tarde de domingo a lua já estava visível. Então a noite chegou bonita e pequena e eu logo me encantei. Todas as luas e todas as estrelas brilham para ela e agem como se tivesse hipnotizadas. Eu nunca entendi, mas uma vez a noite me disse que não era a sua intenção me hipnotizar. Então eu achava que eu tinha o privilégio de andar pela noite e conhecer os becos e sentir a brisa sem me entorpecer com seus enganos. Eu achava que conheceria a noite como ninguém.
Hoje eu sei que ela é aberta, limpa e clara, para vê-la basta estar de olhos abertos. Eu não sou alguém especial, sou apenas mais uma estrela no céu limpo. Mas ela não quer me hipnotizar.

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