Quando eu comecei a escrever aqui já sabia que o sol me fazia falta. Eu pensei que fosse ficar doente logo, mas levou um certo tempo. De qualquer forma eu já estava preparada, quando os sintomas começaram a aparecer eu fingi que estava apaixonada, que morreria de desejo, que seria um conto de fadas. E como ainda não terminou (e eu não sei em que ato está) eu continuo sentindo a dor como o amor e o tremor como frio e o cansaço como sintoma de eu ter vivido demais. E não como uma doença grave que possivelmente me fará morrer antes de alguém que fuma 2 maços por dia. Eu não tive uma visão sobre mim, não consigo encontrar nenhuma bruxa com olhos de vidro nessa cidade tão grande. Então é melhor eu viver. E tocar. Porque amanhã pode ser tarde. Mas agora ainda é cedo.
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