AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

Agora ou nunca


Um dia eu estava dormindo no sofá da sala quando comecei a escrever sobre métrica. Se eu fosse uma profissional da escrita eu acho que meus sentimentos não seriam tão importantes. Quando você lê uma boa história ou uma bela poesia quase sempre se esquece de que ela não é tão real. Até mesmo as reais.
Talvez na minha escrita eu não tenha sido muito justa, porque eu gostaria de lembrar hoje o que eu disse ontem. Mas um texto antigo é como uma foto digital.
Eu acho que eu disse o que eu gostaria de dizer de novo, porque a reação foi agradável, mas eu não tenho muita certeza. Eu não tenho certeza se eu já falei sobre a frequência dos meus pensamentos, sobre as vezes que eu me esforço pra não escrever, sobre pensar no talvez. Não no agora ou no nunca.
Será que talvez daqui uns anos as coisas podem estar tão diferentes?
Hoje eu quero me preocupar só com amanhã, talvez com a Páscoa, mas talvez exista daqui 10 anos. Ou talvez o tempo passou. Ou talvez a morte chegue.

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