AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

A atenção é toda minha e eu não posso nem olhar. Olhar.


Nas noites de frio é melhor nem nascer, nas de calor se escolhe: é matar ou morrer.
Eu escolhi a morte de novo. Com calor e dor. E um arrepio menos descritivel agora. Quem sabe uma noite seja de matar. Quem sabe o que é ter e não ter.

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