Quanta poeira...
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Gente, esse quarto tava que era o muro das lamentações.
Hora de falar de coisa boa, hora de falar de
Voltaremos em breve com nossa ...
Há 11 anos
É. Você tem razão. Obrigada por me fazer lembrar. (Transmimento de pensassão – você acaba de me mandar um e-mail – vou continuar o raciocínio e ler depois) Eu precisava que alguém me fizesse lembrar isso. Eu precisava lembrar que esse negócio quente que invade o corpo não necessariamente se chama amor. E é por isso que eu preciso de mais tempo, não é? Por favor, me diga que sim. Não posso saber se amo em tão pouco tempo. Eu sei que existe algo novo que é muito forte. E eu sei que existe um sentimento que eu carrego dentro de mim há muito tempo, que não é o sangue correndo mais quente pelo meu corpo. Aliás, a única manifestação da sua existência é uma sensação de que tem um buraco dentro de mim. E é pra isso que servem meus braços, pra abraçarem meus joelhos e tentar me esconder dentro desse buraco.
Olhava para o passado e não achava do que se orgulhar, o mesmo acontecia para o presente e o futuro.
Um começo de março chuvoso quando a filha foi à escola. A mãe já havia feito as compras no dia anterior, ainda bem. A mãe decide comprar pão antes do almoço, ela vai até o carro e tira a sua agenda e outras coisas bobas do banco do passageiro. o pai não gosta de coisas no seu banco. A mãe, com os pensamentos no almoço, nos pães e em todas as outras coisas do mundo (exceto na porta do carro) abre a porta de trás do carro e larga suas coisas bobas. Volta ao banco do motorista, feicha a sua porta e tira o carro. Sim, vocês esqueceram de um detalhe e não esqueçam, detalhes são importantes. A garagem é cercada por pilares firmes de concreto. A mãe não percebe o que pode estar trancando o carro. Ele não desce a rampa. O que seria? E sim, o detalhe foi a porta de trás. Ela não a fechou. Foi bonito. Uma porta amassada com vidros em pedacinhos e a faxineira tentando dizer que tentou avisar, sempre tentando. A mãe? Ela não chora. Mas o pai não foi trabalhar. Ela levou tranqüila o carro na oficina perto, mas o moço disse: "sinhóra, vo amarrá as porta pra tu consiguí chegá até na Ford, do otro lado da cidádi". E a mãe não chora. Ela levou o carro.
No meio do quintal lá estava a pedra. Ele correra para fora da casa para calcular que tipo de menino seria dessa vez. Mas antes que pudesse cruzar todo o quintal tropeçou na pequena pedra presa às gramas verdes e tombou com os joelhos e as mãos no chão.
Numa outra metade, falar do presente foi fácil. Não havia dor nem regresso, apesar do passado. E desse (passado)... É difícil falar.
Acho que este dia chegou. O dia em que as estrelas se apagariam, afinal é dia. Acho que onde a gente vivia não existia dia e quando eu abri minhas asas voei para "Far, far, away...".
E então se espanta com o estrago: entende que ele não eclodiu nem se envolveu por um embebedamento, mas sim, embarcou pelo eixo que ela mesma emana. Entendeu que uma enchente emprega suas emoções e encharca de êxtase seu edredom. Entendeu que, em seu estúdio, ele embala suas escalas e estrofes. Entendeu o equilibrio e especialmente o efeito.
E por falar em Deus, rs, obrigada! Todas essas formas que Você tem exercido para me tocar foram de uma beleza sem precedentes. Eu jamais havia avistado peixes tão belos, de uma quantidade somente inferior aos beijos que serão dados. Eu jamais havia escutado uma baleia (macho, só os machos cantam) ecoar poemas e orquestras tão significativas. Eu jamais havia sentido o vento bater nas árvores e trazer as suas folhas até os meus cabelos de forma tão encantadora a ponto de emanar consigo um perfume de tão longe.
Hoje o dia foi repleto desse tipo de sentimento, e quando aquelas lembranças hostis e fantasiosas davam o ar de sua graça eu quase não percebia que estava sorrindo leve, como alguém que ama. De repente eu lembrava que assim como Satine eu não poderia amar.
Há, uma saudadezinha do passado me fez percorrer a memória até lembrar como era o nome daquele espaço que eu criei para me descrever antigamente.
Há três anos atrás eu não estava sozinha. Eu vivia com aquele calor intenso sobre mim que eu não sabia ao certo de onde vinha, mas apesar da falta de ar eu gostava. Tinha o sol apenas, não havia vento, nem sombra, nem árvores. Minhas roupas eram quentes também e e não queria mudá-las, eu não deixaria meus tênis velhos.
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