Acho que este dia chegou. O dia em que as estrelas se apagariam, afinal é dia. Acho que onde a gente vivia não existia dia e quando eu abri minhas asas voei para "Far, far, away...".
Antes de chegar o dia não deu tempo de eu me apaixonar ou ser sequestrada, de eu amar ou ser amada, de eu beijar ou ser beijada. Antes de chegar o dia, (não que eu tivesse dormido) tudo não passou de um sonho. Foi um sonho. Não foi de verão. Não foi de Natal. Foi quase uma vida inteira - exceto por não existir o dia - de um sonho de viver verdadeiramente o meu eu.
O que eu seria se eu fosse verdadeiramente o meu eu? Verdadeiramente o meu eu não viveria de sonhos, portanto sonhar não foi essencialmente o que eu planejei. Verdadeiramente o meu eu faria tudo, até mesmo o que eu nem poderia escrever. Tão puramente quanto no sonho antes de chegar o dia que não foi de verão. Talvez fosse de inverno. Um sonho de inverno.
Será que eu poderia viver verdadeiramente o meu eu? Isto significaria não sonhar. Viver puramente. Significaria viver em pleno a dor do mundo. E viver felicidade sem igual. Acho que eu poderia, porque neste momento me peguei sorrindo ao sentir verdadeiramente o meu eu.
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