AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

Eu sei o que escreveste no blog passado


Há, uma saudadezinha do passado me fez percorrer a memória até lembrar como era o nome daquele espaço que eu criei para me descrever antigamente.
Não é tão simples assim, digitar no Google e achar o meu primeiro blog. Ainda bem. Meu passado me condena.
Não é exatamente uma traição, mas injevo um pouco a pessoa que eu fui, meio tiete, extrema e estritamente apaixonada. Mas de tudo o que eu mais gosto ao lê-lo é perceber que me tornei quase tudo o que desejei num passado até distante. É por isso que decidi hoje continuar desejando algumas coisas. Desejo portanto três coisas hoje. Ser uma fotógrafa bastante qualificada, ser uma concursada do Tribunal Regional Eleitoral e principalmente desejo uma árvore. E talvez daqui a uns anos eu releia isso e a minha subjetividade ainda consistente no meu mundo hostil represente alguma coisa, igual ou diferentemente do que eu imaginei agora.
Mas no passado eu ainda desejei uma árvore, que me trouxesse sombra para o calor em que eu vivia. E agora eu percebi que eu fugi do calor e ele me encontrou novamente. Mais uma vez quero esclarecer que não é que eu odeie o calor exatamente, mas ele me cansa extremamente e aí eu já não tenho mais vontade de fazer nada.

Preciso urgentemente de uma árvore!

1 comentários:

Anônimo disse...

eu tbm sei... infelizmente...

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