AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

Erre


No rádio o nosso remédio
Ruas repletas de rimas
Rios rentes ao raciocínio
Ruim, russo, rápido
Ressalvo o ressentimento
Que como rádio
Rasga a regra
Relaxa
Relembra
Reúne
A raiva e o relógio
O respeito e a religião
O raro rascunho raso da reflexão
Uma reverência ao relacionamento
Duas à revolução
Recita
Reconhece
Reclama
Das respostas que ruem sem rastro
Sobem à rampa da razão
Mas não resistem ao relâmpago da respiração
E de repente registram sem registro um reparo.

Duas redes restam
Serão razoáveis
Para uma reminiscência
Ao relicário que retratará
Restos e reticências
Resumirão a responsabilidade
De um risco na rocha
Que revelará muito mais
Que um rosto rosado
Mas uma rubrica de romance romano.

Foi um risco
Mas resolveu registrar numa revista
Um rock rouco
Que falava da ruela, da rocha, do riacho.
Rezou baixo até remitir-se ao roubo do retrato
Não foi resto
Um relevante reflexo da raça e do real
Até reagir
Reafirmar
Reacender
A recém resolução radical de reparar o rabisco
E repartir outra vez o refúgio
Não mais a represa.
O controle remoto resgatou jovens e um refrigerante
Mas este rapaz
Depois de mil peripécias
Recupera seu rock com o resto de rum.

2 comentários:

Messias Fernandes disse...

.
.
esse texto é seu??

sério mesmo preciso saber .

obrigado!!

Fotógrafa disse...

sim, esse texto é meu :D

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