AdriCaramelo

Sob o visco de Apiúna

Foi uma mudança muito drástrica. O calor intenso que eu amava virou inferno, e quando eu achei que o frio pudesse se tornar o céu eu conheci Apiúna. Eu ainda não sei que árvore era aquela, se era um visco por estar perto do Natal, ou se era uma árvore maior com flores amarelas que enxeram meus cabelos de folhas secas, mas quando eu acordei eu sacodi a minha cabeça para afástá-las e de repente eu estava feliz. Não é exatamente o céu, mas é bem melhor do que estar sozinha.

O início


Começar é difícil. Especialmente num dia 04. Mais ainda quando o último fim está tão presente.
Existiram muitas histórias já, mas essa em especial eu quero dividir.
Há três anos atrás eu não estava sozinha. Eu vivia com aquele calor intenso sobre mim que eu não sabia ao certo de onde vinha, mas apesar da falta de ar eu gostava. Tinha o sol apenas, não havia vento, nem sombra, nem árvores. Minhas roupas eram quentes também e e não queria mudá-las, eu não deixaria meus tênis velhos.
Havia muito rock. E mais nada.
Não posso dizer que vivi muitas aventuras, nem ao menos que era o inferno, apesar do calor. Era um céu quente, desejável, invejável até.
E esse capítulo deveria ser o maior, porque ainda que sem aventuras existiram muitas histórias. Talvez por ser o passado, ainda que recente, eu não queira lembrar. Ou talvez porque ainda me faz bem. Ou talvez porque ainda me faz mal. As únicas coisas que eu quero lembrar são: ato, rock e balinhas no sorvete. Essas valeram a pena.
Ato. Era tudo muito intenso, e eu que não sabia como iria acabar não aproveitei intensamente. Não me arrependo, mas certamente seria diferente. Não era tão normal.
Rock. Disso eu aproveitei tudo. O metal, o telefone vermelho, as coisas mais rebeldes e divertidas. Não era tão normal.
Balinhas no sorvete. Isso na verdade não me pertenceu. Virou uma lembrança apenas e isso era bem normal.

Esse é o fim. Eu vou, a partir de agora, escrever a MINHA história.

1 comentários:

Anônimo disse...

o fim.

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